terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Vladimir Vladimirovitch Mayakovsky..poeta russo.


Gosto de postar coisas dos indignados. Quem sabe chegamos a uma certa altura e a soma desses tantos indignados, em que, claro eu me incluo, possam gritar tão forte e em uníssono, que o grito estoure os tímpanos dos causadores de nossa indignação. Só então terão razão em não nos ouvir. Tímpanos estourados que possuem. Surdos pela gritaria das pessoas de bem e que querem o que lhé é devido.

Vladimir Vladimirovitch MayakovskyPoeta russo "suicidado" após a revolução de Lenin,  escreveu, ainda no início do século XX :

Na primeira noite, eles se aproximam
e colhem uma flor de nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem,
pisam as flores, matam nosso cão.
E não dizemos nada.
Até que um dia, o mais frágil deles, entra
sozinho em nossa casa, rouba-nos a lua,
e, conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E porque não dissemos nada,
já não podemos dizer nada.

Depois de Maiakovski…
escreve... Eugen Berthold Friedrich Brecht (1898-1956)

Primeiro levaram os negros
Mas não me importei com isso
Eu não era negro
Em seguida levaram alguns operários
Mas não me importei com isso
Eu também não era operário
Depois prenderam os miseráveis
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou miserável
Depois agarraram uns desempregados
Mas como tenho meu emprego
Também não me importei
Agora estão me levando
Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo.

Depois de Berthold Brecht,
escreve Martin Niemöller, 1933, Pastor luterano alemão, símbolo da resistência aos nazistas, "E não sobrou ninguém"...
"Quando os nazistas levaram os comunistas, eu calei-me, porque, afinal, eu não era comunista. Quando eles prenderam os sociais-democratas, eu calei-me, porque, afinal, eu não era social-democrata. Quando eles levaram os sindicalistas, eu não protestei, porque, afinal, eu não era sindicalista. Quando levaram os judeus, eu não protestei, porque, afinal, eu não era judeu. Quando eles me levaram, não havia mais quem protestasse"

Recebo um pps com os poemas acima citados.  Decorreram mais de 100 anos e " tudo está como dantes, no quartel de Abrantes". Estamos, a bem da verdade nua e crua, sós, abandonados, sem ter a quem recorrer, haja vista a situação em que se encontra o último reduto que ainda nos restava recorrer que é o Poder Judiciário. Nas manchetes diárias dos jornais denunciada como corrupta, intocável e isso demonstra o final dos tempos. O que faremos, sem justiça? Isso se encaminha para a justiça das própria mãos e aí voltaremos para trás, séculos passados quando se resolviam as coisas na base do empurrão. Nosso governantes nos roubam, cada um cuidando do seu patrimônio, empregando amigos e pessoas que  vão compôr a engrenagem do interesse próprio. Desviam verbas, criam Empresas de Fachada, acobertam crimes cometidos diáriamente contra o erário público. E nós ??? A nós cabe o silêncio dos ignorantes,,, o silêncio dos omissos... o silêncio dos indignados..o silêncio dos que gritam contra o vento!!!
Como disse no pps a mim enviado pela poetisa Zu Gestas,  "até quando"...
Fui...

2 comentários:

  1. Os anos passaram e os problemas continuam. Pior de tudo é que só pioram.
    Aproveitando que o carnaval está perto, estou pensando em formar o bloco dos indignados.Convoque seus seguidores.
    Bora nessa.O Sambódromo será pequeno.
    Zu

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  2. Procure ler os poetas rapaz. O primeiro poema não é do "poeta da revolução". E o segundo não é de Brecht.
    "Suicidado": procure ler, rapaz.

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