quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

PRÉDIO DA RUA TUCUMÃ



Foram 13 ou 14 anos de briga na Justiça e parece que trocaram seis por meia dúzia. Porque isso?
Porque a discussão, objeto dessa quebra de braço, foi a construção a mais da metragem autorizada na época pela Prefeitura Municipal . Herança do sempre lembrado Paulo Maluf e sua prole que foram acusados de receberem propina e darem autorização para mais esse desmando na época. O prédio na Vila Europa, luxuoso, foi alterado e aproveitando as benesses que na época eram dadas aos amigos do Rei, entre outras irregularidades,  construíram 30 metros a mais na altura do prédio, o que fugiu dos parâmetros regulamentares para prédios naquela região. ( No caso, os aviões em direção a Congonhas passam praticamente em cima do referido imóvel) . Em 1999, atendendo a gritaria dos moradores do entôrno e do Ministério Público e ocorrendo a suspeita de propina, a Prefeitura embargou a obra e a briga começou.
A pergunta que fica agora é a seguinte: Demoliram essa metragem a mais na altura do mesmo, ou se ajeitou a lei para "adequar" aos interesses dos proprietários dos apartamentos?  O "Espigão da Rua Tucumã", ao que parece finalmente recebeu as benesses do Poder Judiciário e agora, só alegria. Como sempre, pagou-se a multa pecuniária e o mal já feito, foi reparado dessa maneira. É a história das árvores seculares. Levam 200 anos para se tornarem gigantes, vem um idiota poderoso, enfia a moto seera e corre lá pagar - a multa que as "autoridades" aplicaram. Pronto. Reestabeleceu-se o direito, a Lei. Claro que a árvore, já era. O cofrinho pegou algum e todos ficam em paz com o dever cumprido.
Na verdade vou procurar conferir se houve essa demolição,  porque a notícia que chega através da imprensa omite a informação. Se isso também é proposital cá tenho minhas dúvidas. Vamos ver...
Fui...
em tempo: apenas como informação aos navegantes - embora não possuindo álvara de autorização para receber moradores até então, o prédio tem  morador. Lógico que não era o porteiro. Tráta-se de um banqueiro de nome Manuel R.T.de Almeida Filho (que nome portentoso hein?) do Banco Luso-Brasileiro, que lá habita o prédio irregularmente, autorizado quem sabe por algum outro cupincha que senta em alguma cadeira da Prefeitura ou do judiciário.

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