sábado, 18 de junho de 2011

Blue Mountain Campos do Jordão... retrato do Brasil.



Hotel Blue Mountain Campos do Jordão
Levou  em torno de 6 anos ao custo de RS25.000.000,00 (pelo menos esse é o valor oficial)   a   construção do Hotel Blue Mountain em Campos do Jordão.  Uma obra representativa da cidade que, saindo do centro, onde os ricos e riquinhos batem ponto, é uma cidade cheia de problemas de infra estrutura. A pobreza na periferia é escondida por todos os Prefeitos que por lá passam,  pois é uma cidade que vive do turismo quando da estação de inverno. Em 2010 o Hotel foi inaugurado e simplesmente não levando em consideração os alertas de que seria embargado pois infringe praticamente todos os artigos do código de preservação de meio ambiente, seguiu em frente e entrando em funcionamento naquele ano. Pois bem. Segue em funcionamento e agora saiu a sentença do processo movido pelo Ministério Público contra o Resort, que envolve as mais variadas facetas das questões ambientais que não foram atendidas quando da sua construção. O juiz Paulo de Tarso Bilard de Carvalho, da 2.ª Vara Cível de Campos do Jordão, acolheu os argumentos da ação civil pública movida pelo Ministério Público Estadual (MPE) e determinou a demolição completa do empreendimento bem como a retirada de todos os detritos e o devido reflosteramento da área. Demorou. E isso deveria ser repetido em muitos dos casos que envolvem o mesmo problema em Campos. Com certeza muita gente no mínimo, e prá não falar coisa mais grave, se omitiu de cuidar daquilo que é de sua responsabilidade. Prefeitos, secretários, fiscais etc etc. não tem como se explicar como um empreendimento de tamanho vulto não atendeu as normas do meio ambiente. Campos do Jordão, aliás, muitos municípios brasileiros, são motivos desse tipo de coisa onde o poder público por esse ou outro interesse, deixa que se construam empreendimentos desse naipe. Depois, tudo construído e árvores por vezes centenárias derrubadas o poder público vem e: aplica uma multa pecuniária. Pronto. Todo mundo fica calado, o crime é esquecido e o empreendimento segue funcionando. Quem perdeu foi a natureza e nossos filhos que num futuro muito próximo irão conhecer determinadas tipos de vegetação num parque criado para preservar coisas extintas. Diga a Araucária que quase foi extinta no Paraná e em outros estados da federação. Mas voltando  ao Resort. Os políticos sempre enxergam de maneira diferente as coisas, claro que em primeiro plano, o que poderia ser motivo de vantagem a eles. A Prefeita de lá, Sra.Ana Cristina Machado César (PPS) defende o funcionamento do hotel. Eles devem ter o alvará de funcionamento (como será que conseguiram???) e ela alega que" a demolição seria muito pior pois o entulho iria causar blá blá blá bla etc etc... e tem mais.o desemprego". Bom, aí vai acontecer o que eu disse antes. Vão aplicar uma multinha nos proprietários e aqui os "própriootários" vão se privar de mais um pedaço da mata ciliar. Tudo em nome da modernidade e claro, em prol desse verdadeiro bando de safados, quadrilheiros e aproveitadores de coisas que não tem dono!!! Eles com certeza vão recorrer da nobre decisão judicial ao Tribunal de Justiça de São Paulo. Aí temos mais 2 a 5 anos brigando....se perderem de novo, vão para o Supremo e aí mais um século e meio para decidir...enquanto isso o Resort vai funcionando, os donos enchendo o cofrinho, os políticos usando aquilo de uma maneira ou outra e a sociedade arca com tudo. Pois tem até Prefeito, aqui em São Paulo,  querendo pagar a construção de um Estádio de Futebol  para um time particular !!!! Ou estou errado???
Me ajuda aí...Datena!!!!!
Bora.

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