domingo, 1 de maio de 2011

Festival da Barranca e estradas do sul.


BR 285 - RS
Como prometido, escrevo algumas linhas a respeito da viagem realizada ao Festival da Barranca 40 anos, na cidade de São Borja, RS.  Sempre realizado nos dias de páscoa, inicia-se na quinta feira e se encerra no sábado a noite para que os participantes possam voltar a seus lares no domingo de páscoa e estar com os seus. Lá cheguei na quarta feira acompanhado de meu filho Ivanhoé Junior e meu querido irmão Fernando que gentilmente ofereceu-se para dar um passeiozinho até São Borja, coisa de 1.500 km. A viagem correu normal, passamos por diversos tipos de estrada, cruzando 4 estados da Federação. Não tem como não observar a grande diferença existente entre estados que teóricamente, por serem de um mesmo país, deveriam serem parecidos no que concerne a infra estrutura. São Paulo, este estado pujante, estradas em ótimas condições, ultra modernas, seguras. Paraná, no lado norte e talvez pela proximidade com São Paulo, estradas boas. Chega-se a Ponta Grossa  no Paraná tranquilamente. Daí para frente, acaba-se (ou inicia-se, como queiram)  o Brasil velho de Vargas. Ao ir chegando no sul do Paraná, adentrando Santa Catarina e em especial no Rio Grande do Sul, o estado das estradas é crítico. Antigas, mal conservadas sem a mínima infra estrutura, explicam por si só, a verdadeira matança realizada todos os dias com acidentes que poderiam ser evitados e mortes que deveriam ser creditadas ao Poder Público, mesmo que algumas estejam sobre a proteção da iniciativa privada. Explico. O governo, incapaz em gerir essas estradas promoveu a privatização delas, entregando-as em leilões arranjados a Empresas sem a mínima capacidade de conservar essas estradas. Então se verifica a quem resolver cruzalas com o olhar atento o total abandono a que estão submetidas. Sem acostamento, esburacadas, sem sinalização, alto tráfego de veículos que buscam o centro do país e retorno dessas viagens, fazem com que viajar por elas é estar correndo sério risco de vida. No Rio Grande do Sul, em especial, cruzei a BR285, estrada construída pelo 3º Batalhão Rodoviário e funcionários públicos federais contratados a época do governo militar, é uma vergonha a céu aberto.(Inicia-se em Araranguá SC-Km 0,  e termina na cidade de São Borja RS extensão de aproximadamente 674,5 km,). Aliás, como praticamente 90% das estradas gaúchas. Deveriam ter no mínimo vergonha de cobrar pedágios em algumas delas. Não é o que ocorre e nas proximidades da cidade de Carazinho em um trajeto de 14 km existem dois pedágios . Assalto oficializado por cobrarem por aquilo que não tem o mínimo direito. Onde estão as autoridades que deveriam verificar isso? Pergunto ao Senhor governador que assume o governo do estado. Pois ele, como "comandante em chefe" de todos os gaúchos tem por obrigação proteger sua gente. E acredito que o Dr. Tarso Genro não deixará passar essas coisas em branco. Quero crêr que chega para corrigir inúmeras coisas erradas que o Rio Grande herdou, em especial no governo  da Sra. Yeda Crusius que não disse ao que veio. Essa, é a impressão que fica a quem chega de fora a um dos mais importantes estados da Federação e que se encontra, em petição de miséria. Pelo menos onde passei, na Região das Missões.
Semana que vem escrevo mais a respeito do assunto. Até amanhã.

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